Com home office em alta e avanço do e-commerce, mercado de trabalho deve abrir mais espaço para desenvolvedores de sistemas e especialistas em logística 4.0
Assim como as mudanças impostas pelo Corona vírus transformaram o dia a dia dos brasileiros, o mercado de trabalho também deve passar por um processo similar de adequações para, justamente, se adaptar ao ‘novo normal’ pós-pandemia. Segundo uma projeção feita pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e divulgada nesta segunda-feira, 21, a previsão é que surjam, em até cinco anos, novos profissionais para responder, por exemplo, à maior necessidade por internet ultrarrápida em um novo mundo online.
Para as milhares de lives que surgiram como um afago para as pessoas durante o isolamento social, serão precisos, por exemplo, mais técnicos desenvolvedores de sistemas e programadores multimídia. Esses profissionais, além dos trabalhadores da área de telecomunicações, serão fundamentais para lidar com os desafios de implantação do 5G no país. Os brasileiros também passaram a fazer mais compras pela internet e esse crescimento provocou a aceleração da chamada Logística 4.0, uma combinação do uso da própria logística aliada a aplicativos de dados em tempo real e sistemas na nuvem da internet para melhorar a eficiência dos processos. Nesse cenário, a participação dos profissionais de gestão da informação e de big data é vital para a estratégia produtiva dessas empresas.
Um dos segmentos que demandará novos e qualificados profissionais é o de home office, que por si só já reforça a importância dos técnicos de redes de computadores e, principalmente, dos especialistas em cibersegurança, em vista que a população passou a requerer esses dispositivos com mais frequência — um prato cheio para os estelionatários e hackers em geral. A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) informou na última sexta-feira, 18, que os golpes bancários cresceram 80% desde o início de março — os mais comuns são as ligações oriundas de centrais de atendimento fictícias e o envio de links ou boletos falsos por e-mail.
Fonte: https://veja.abril.com.br/economia/